sexta-feira, 28 de abril de 2017

Paralisações

Desde cedo aprendi que democracia é liberdade com responsabilidade. Responsabilidade na expressão razoável, ponderada, não excludente do direito de quem não professa as mesmas ideias, incluindo o direito de protestar e o de não protestar. De não trabalhar, mas também de não impedir o direito de quem quer trabalhar, independentemente que qualquer opção ideológica. Por isso, sou contrário aos bloqueios intransigentes ao direito de ir e vir e ao direito de livremente exercer a atividade profissional. Protestar sim, sempre, mas sem impedir o direito de quem não quer protestar e deseja seguir a sua vida normal. Nessas horas, penso muito na saúde, quando os bloqueios impedem que os necessitados cheguem rapidamente aos hospitais e que nestes existam profissionais para cuidar dos pacientes que precisem de cuidados intensivos. Além disso, tem o entendimento do TST de que a greve política é, por natureza, abusiva. O empregador privado (e aí incluo hospitais, escolas, meios de transporte, segurança privada) nada têm que ver com as reformas pretendidas pelo governo e impor a esses empregadores paralisações por conta de medidas que não podem ser solucionadas pelas formas típicas de solução do conflito capital-trabalho (CCT, ACT, Dissídio Coletivo) assume contornos abusivos. Podemos criar embaraços e entraves, mas somente aos diretamente responsáveis pela  situação contra a qual se protesta.

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Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar