terça-feira, 22 de dezembro de 2015

Incêndio do Museu da Língua Portuguesa

Entristeceu-me o incêndio de ontem do Museu da Língua Portuguesa, na capital paulista, porém lamentei ainda mais intensamente a morte de um bombeiro civil (brigadista) na ação de combate ao infortúnio. Segundo o anunciado, o acervo do museu é totalmente digital e é fácil recuperá-lo.
Visitei o museu há uns 2 anos e me chamou a atenção a excessiva ênfase às influências africanas e indígenas na abordagem do nosso idioma, indicando inclusive a localização geográfica das respectivas tribos.
Sou longe de ser um filólogo, mas as referidas influências, tão fortemente enaltecidas, limitam-se a formação de palavras (mesmo que sejam muitas) e não dizem respeito à origem, formação e estrutura da língua, que não é apenas aquela falada no Brasil.
Sinceramente, o Museu da Língua Portuguesa deveria ser rebatizado para Museu da Língua Portuguesa do Brasil, uma vez que o nosso belo idioma, talvez a maior herança dos nossos colonizadores portugueses, deita raízes muito mais profundas no latim e no grego. Os irmãos portugueses certamente não conhecerão um sem-número de palavras que aparecem do museu sinistrado, porque não dizem respeito à língua como um todo, mas a particularidades da cultura brasileira.
Lembro-me de que, em minha época de colégio, memorizei radicais gregos e latinos, prefixos e sufixos, e isto me ajudou muito na escola (inclusive nas aulas de biologia) e continua me auxiliando até hoje diante de vocábulos cujo significado desconheço.
Desejo que a reconstrução do museu da Língua Portuguesa seja breve, mas que ele possa enfim resgatar a verdadeira essência latina e grega do idioma naquilo que é relevante para a sua estrutura e base para a formação de novas palavras, sem a demasiada ênfase às contribuições de tribos indígenas e africanas (parece que isto passou a ser politicamente correto e é tempo de abrandar esse aspecto).
A alternativa seria alterar o nome do museu para Museu da Língua Portuguesa do Brasil. Aí, sim, poderíamos compreender melhor o seu acervo.

Escute a conversa na Bandnews no dia 24.12.2015 entre Boechat e Prof. Deonísio da Silva sobre o meu comentário

Um comentário:

Anônimo disse...

Eu concordo em "gênero, número e grau" com o Ronald Sharp. Mas, infelizmente, o que está ruim vai ficar muito pior, pois a escalada da demagogia politicamente correta não se limitará à omissão das raízes greco-romanas na formação da Língua Portuguesa, como ocorre nesse museu instalado na Estação da Luz, em São Paulo. Em Brasília, o Ministério da Educação pretende reformular o ensino de História nas escolas de primeiro e segundo graus, de modo a eliminar os legados da Europa, da América do Norte e da Ásia, para que as crianças e adolescentes do Brasil conheçam somente as contribuições indígenas e africanas nas origens de nosso país. Isso é a doutrinação ideológica levada às últimas consequências! Para saber mais sobre esse plano obscurantista dos extremistas de esquerda aparelhados no Ministério da Educação, leia os artigos dos links abaixo, que foram escritos pelos jornalistas Leandro Narloch e Marco Antônio Villa.

- Artigo intitulado "O delírio politicamente correto do Ministério da Educação", de Leandro Narloch (colunista da revista "Veja"):

Link da publicação original (no site oficial da revista "Veja"):
http://veja.abril.com.br/blog/cacador-de-mitos/historia/o-delirio-politicamente-correto-do-ministerio-da-educacao/

- Artigo intitulado "A Revolução Cultural do PT", de Marco Antônio Villa (colunista do jornal "O Globo" e comentarista nos telejornais da "TV Cultura"), disponível em dois links:

O da publicação original (no site oficial do jornal "O Globo"):
http://oglobo.globo.com/opiniao/a-revolucao-cultural-do-pt-18407995

O da reprodução publicada no blog de Augusto Nunes (colunista da revista "Veja"):
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/opiniao-2/marco-antonio-villa-a-revolucao-cultural-do-pt/

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Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar