terça-feira, 26 de maio de 2009

TRF da 2ª Região rejeita cotas na Ufes

É melhor criar bolsas de estudo para que os alunos carentes possam se preparar para o vestibular do que instituir cotas sociais nas universidades públicas, prejudicando estudantes que, "por circunstâncias da vida, tiveram oportunidade de estudar em uma instituição de ensino particular". O entendimento consta do voto que concedeu liminar a 15 candidatos a vagas na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), que foram reprovados no vestibular em razão do sistema de cotas sociais. A Ufes reserva 40% das carteiras a alunos oriundos de escolas públicas, que tenham renda familiar de até sete salários mínimos. A liminar foi concedida pela 5ª Turma Especializada do TRF da 2ª região e suspende o ato de reprovação dos vestibulandos. A relatora do processo, desembargadora federal Vera Lúcia Lima, destacou, em seu voto, que a qualidade do ensino nas escolas públicas é, via de regra, inferior à das particulares e que isso se reflete nos resultados dos vestibulares. De acordo com os autos, o sistema de cotas sociais na Ufes foi criado pela Resolução nº 33, de 2007, do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe). A decisão do tribunal foi proferida em agravo apresentado pelos 15 alunos, em razão de a liminar ter sido negada pela 1ª instância da Justiça Federal. Eles impetraram um mandado de segurança na 4ª Vara Federal de Vitória, cujo mérito ainda será julgado. Para a relatora Vera Lúcia Lima, além de ser desproporcional, o critério de discriminação escolhido pela Ufes, baseado apenas na origem escolar do candidato, infringe o princípio constitucional da isonomia.
Fonte: Valor Econômico - Legislação & Tributos - 26.05.09 - E1

Reforma ortográfica

A reforma ortográfica no dia a dia da escola

Cristiane Mucci
Coordenadora pedagógica do Fundamental I da Rede de Ensino Faria Brito

A escola, no ano de 2009, tem mais uma vez um desafio em suas mãos: como trabalhar a assimilação da nova ortografia, com a comunidade escolar, conforme o novo acordo assinado pelos países que falam o português?

Na fase dos seis aos 10 anos, a criança é cobrada paulatinamente em relação à escrita correta, porque nos primeiros anos do Ensino Fundamental precisa ter liberdade para escrever seu pensamento, sem se preocupar se tem "H", "acento" ou "hífen".

Nessa relação dual, o professor fica com a tarefa mais pesada, que é a de agir com bom senso e sinalizar, durante o processo de aprendizagem, respeitando a faixa etária do aprendiz. Explicar as regras é importante. Mas sem pressa!

Para as crianças mais novas, que estão entrando em contato pela primeira vez com as convenções do código escrito, não vale à pena mostrar o antes e o depois das palavras. Só atrapalharia. A melhor opção é explicar as regras e deixá-las construí-las, através do uso e da leitura.

Muitas vezes nos perguntamos por que os pais, com seus filhos ainda pequenos, se divertem e até registram momentos de pura aprendizagem, quando, por exemplo, os pequeninos, durante suas refeições, ficam com os rostinhos todos sujos de feijão. Quem não tem uma foto de seu filho numa situação semelhante?

Da mesma forma, deveríamos olhar a construção da escrita. Mais cedo ou mais tarde, as crianças serão cobradas efetivamente pela grafia correta das palavras, não sendo essa só uma função da escola. A família tem um papel decisivo para essa consolidação e deve fazer parte também desse novo processo.

O mais importante é proporcionar momentos de reflexão e discussão, que levem o estudante a perceber o motivo que gerou a nova reforma ortográfica.

Na nossa escola, lançamos mão de algumas estratégias: confecção de um dicionário da turma (registrando as palavras mais utilizadas pelo grupo), grifar palavras que sofreram alteração nos textos trabalhados enfocando a data em que foram publicados, construção de combinados de quais palavras não poderão mais apresentar erros de grafia, utilização de veículos da mídia que já utilizam e trabalham essas alterações, promoção de campeonatos e gincanas sobre o tema, aquisição de dicionários e gramáticas já com os padrões da nova reforma e muita leitura.

Ao produzir um texto com qualidade, o escritor precisa ter claro sobre o quê deseja escrever, qual gênero mais se adapta as suas ideias e para quem destinará sua composição. Para a criança ou o adolescente avançar na escrita, sua relação com ela precisa ser compromissada, buscando o foco para atingir a intenção desejada.

Fonte: Jornal do Commercio - Opinião - 25.05.09 - A -15

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Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar