sábado, 16 de maio de 2009

Riscos da terceirização

Terceirização traz riscos

mariana flores

Mais da metade das indústrias brasileiras contratam outras empresas para prestar serviços durante seus processos produtivos. Quanto maior o porte da companhia, mais frequente é a terceirização. Nas grandes empresas, a terceirização chega a três quartos do total. Os dados foram revelados pela pesquisa Sondagem Especial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O levantamento entrevistou 1.443 empresas. O objetivo de fazer um retrato da terceirização no país. Segundo a CNI, a responsabilidade solidária desestimula a terceirização, encarecendo os custos de produção.

"Hoje as grandes empresas até fazem o monitoramento dos contratos de trabalho, mas as pequenas e médias, não. Se fosse lei, elas também poderiam ter instrumentos para fazer", afirma o gerente de Relações do Trabalho da CNI, Emerson Casali. Os dados da CNI mostram que 90% das grandes empresas verificam se a contratada cumpre com os encargos trabalhistas de seus funcionários. Entre as médias o percentual cai para 84% e entre as pequenas, para 59%.

Os dados da pesquisa da CNI mostram que 47% das empresas que contratam os serviços de outras teriam sua competitividade reduzida caso abrissem mão do negócio esse volume representa 21% de todas as indústrias brasileiras. A perda se daria porque, de acordo com 91% dos empresários, a redução de custos é o principal motivador para a aquisição de serviços terceirizados. Mais da metade dos empresários reclamam da qualidade do produto ou serviço entregue (58%), e boa parte deles alega que os custos acabam sendo maiores que o esperado (48%).

Características no uso de contratação indireta, segundo espquisa da CNI

Percentual d euso conforme o tamanho da empresa
Pequeno porte - 42%
Médio porte - 63%
Grande porte - 74%

Setores que mais terceirizam

Edição e impressão - 72%
Refino de petróleo - 71%
Álcool - 69%
Máquinas e equipamentos - 69%
Farmacêuticos - 68%

Principais razões para terceirizar

Redução de custos - 91%
Aumento da qualidade do serviço - 86%
Uso de novas tecnologias - 75%

Maiores problemas enfentados quando terceirizam

Qualidade menor que a esperada - 58%
Custos maiores que o esperado - 48%
Insegurança jurídica/possíveis passivos trabalhistas - 47%

Fonte: Jornal do Commercio - Economia - 14.05.09 - p. A-3

Ministro da Suprema Corte americana declara que juizes não conhecem a vontade do povo

Scalia: juiz tem que seguir a lei

DA REDAÇÃO

"Juiz expressa a vontade dele e não do povo". A declaração foi feita pelo ministro da Suprema Corte Americana, Antonin Scalia, durante evento na Universidade de Brasília, na quinta-feira. Scalia é conhecido pelo apego ao texto da lei. De acordo com ele, a interpretação da lei não deve ser uma resposta aos anseios da sociedade. "Os juízes não têm idéia de qual é a vontade do povo. Nós trabalhamos em palácios de mármore", afirmou.

O ministro americano disse que o pensamento de um juiz não deve ser dividido entre conservador ou liberal, e que deve ser levado em consideração durante a análise dos conflitos é a letra fria da lei. "A única maneira de decidir uma questão moral é pelo processo democrático. Um juiz não sabe mais do que um cidadão comum", disse. O magistrado cumpre agenda no Brasil. Ele aproveitou o dia para visitar o Supremo Tribunal Federal (STF). Nesta sexta-feira, ele participa de evento no Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.

No STF, Scalia elogiou o Judiciário brasileiro, dizendo que este já conquistou o reconhecimento internacional por sua atuação. Ele foi recebido pelo presidente do STF em exercício, ministro Cezar Peluso. O ministro norte-americano visitou as instalações da TV e Rádio Justiça e se mostrou impressionado com o fato de os julgamentos serem transmitidos pelos veículos de imprensa que funcionam nas estruturas do tribunal. Ele também se impressionou com a quantidade de processos julgados pelo STF, uma vez que em seu país a média de julgamento é de 80 casos por ano, sendo que as decisões são sempre em colegiado.

"A Suprema Corte brasileira tem uma grande reputação internacional e eles (os ministros) não precisam me ter aqui (conhecer) para contribuir para isso. Embora ela (a Corte) não precise do meu reconhecimento, fico contente de fazê-lo (para reforçar esta reputação internacional)", disse.

Fonte: Jornal do Commercio - Direito & Justiça - 15, 16 e 17.05.09 - p. B-7

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Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar