segunda-feira, 11 de maio de 2009

Mãe Coruja

Jornal do Commercio - Dicas de Português - Dad Squarisi - 11.05.09 - A-10

Mãe coruja sim, senhor

Ninguém duvida. Para a mãezona, os rebentos são os mais lindos, os mais perfeitos, os mais inteligentes do mundo. Por isso a chamam de mãe coruja. O apelido vem da fábula "A águia e a coruja", de La Fontaine. A história correu o mundo. Colheu aplausos. E ganhou várias redações. Eis uma delas, escrita para a coluna:

Dona Coruja e dona Águia viviam brigando. Sabe por quê? Dona Águia devorava os filhotes de dona Coruja. Sem dó nem piedade. Um dia, cansadas, elas fizeram um trato:

De hoje em diante, você não comerá mais os meus filhinhos, disse dona Coruja.

Combinado. Mas como vou reconhecer as corujinhas? As aves são tão parecidas…

Ora, os meus filhotes são os mais lindos da floresta. A penugem deles brilha. Os olhos faíscam. O corpo é cheio de graça. Eles são uma beleza só.

Um mês depois, dona Águia voava pela floresta. Morta de fome, encontrou três filhotes de aves. Eram feios, cinzentos e desengonçados. Devorou-os com prazer.

Quando dona Coruja voltou pro ninho, não encontrou os bichinhos. Furiosa, foi acertar as contas com dona Águia:

Traidora! Você não cumpriu sua palavra. Devorou meus lindinhos!

O quê? Aqueles monstros eram os seus filhotes? Sinto muito. Mas, de lindos, eles não tinham nada. Quem mandou exagerar?

É isso. A beleza depende de quem olha. Quem o feio ama bonito lhe parece. Por isso o belo para o sapo é a sapa.

Concorda?

A história da dona Coruja é a história de todas as mães. Elas acham os filhos lindos de morrer. Mais coruja que a mãe coruja? Só a vovó coruja.

Escritórios de advocacia bem-sucedidos

Jornal do Commercio - Direito & Justiça - 11.05.09 - B-6

Muito além da boa técnica

GISELLE SOUZA

Um corpo de advogados tecnicamente preparados não é determinante para o sucesso de um escritório de advocacia. Pelo menos, é o que concluiu um estudo da Pragmática, empresa de consultoria empresarial. A pesquisa foi realizada com 200 bancas, sendo 60% delas da Região Sudeste. Também foram ouvidos 480 advogados. Em relação às sociedades, foram consideradas bem-sucedidas aquelas com faturamento superior a US$ 3 milhões por ano, com êxito nas ações que promovem e com o reconhecimento do mercado e da concorrência.

Segundo Marcelo Barboza, presidente da Pragmática, muitos advogados erram por não saberem administrar os escritórios. A maior parte dos profissionais acredita que a boa capacidade técnica é a chave para o sucesso, mas a pesquisa demonstrou que os profissionais precisam reunir outras qualificações. A principal delas é a liderança. "O advogado bem-sucedido no Brasil é o que tem capacidade de execução. Monta as estratégias do processo, consegue fazer sua tese com clareza e ainda tem como característica fazer com que os outros também atuem assim", afirmou.



estratégia. Outras qualidades que também fazem toda a diferença são, de acordo com Barboza: visão estratégica, habilidade com os números, desenvoltura de comunicação, capacidade de network tanto com o Judiciário quanto no mercado, habilidade de negociação.

Barboza explicou que o advogado não é estimulado a desenvolver essas qualidades. "A boa técnica continua sendo importantíssima, mas não é o suficiente para o escritório ser bem-sucedido. É preciso administrar os processos do dia-a-dia assim também como da gestão empresarial. O problema é que o advogado é conduzido, durante a sua formação, ao entendimento de que a boa técnica garante o sucesso profissional, tanto da pessoa física como jurídica", afirmou.

A pesquisa constatou as principais características dos escritórios de advocacia bem-sucedidos. O elevado nível de exigência na qualificação dos profissionais é um deles. Há bancas que exigem que o advogado faça pelo menos um novo curso por ano para poder participar da promoção ou distribuição de lucros.

Também se destacam a adoção de modelo de remuneração variável, que prioriza os profissionais que contribuem com o maior êxito nos processos, aumento do faturamento, formação de pessoas e geração de network; e a existência de iniciativas que visem a focar o atendimento e a fidelização de clientes. Chamam a atenção também a gestão administrativa e financeira feitas por profissionais de mercado, o forte investimento na infra-estrutura e imagem do escritório, para a manutenção e geração de network e em tecnologia da informação.

Outro ponto identificado na pesquisa como características das bancas estruturadas diz respeito a um plano de cargos e salários claro e transparente. "A maioria dos escritórios não tem um plano de cargos e salários definidos. Como não há um critério claro, há subjetividade, a promoção ocorre segundo os critérios dos sócios. Agora nas bancas bem-sucedidas, há uma política clara", comentou Barboza.

Os esforços para institucionalizar a marca do escritório também é outro aspecto que garante o sucesso. "Hoje há vários escritórios enfrentando problemas sérios porque a marca do fundador é maior que a da banca. Os escritórios bem-sucedidos conseguiram institucionalizar suas marcas de modo que seja maior do que a do fundador. É uma forma de tornar a atuação do escritório mais duradoura", explicou.



relacionamento.Segundo Barboza, o relacionamento com o cliente também é um preocupação das bancas bem-sucedidas. Nesse sentido, não são raras os escritórios que treinam seus profissionais para se comunicar melhor. "Uma das reclamações mais comuns é a de que o cliente não entende a linguagem usada pelo advogado", disse.

Nesse sentido, também se destaca a política de retorno rápido. "Há escritórios em que o cliente precisa ligar umas quinhentas vezes para obter informações sobre o andamento do processo. Os escritórios bem-sucedidos têm uma gestão inteligente, pela qual se antecipam. Eles chegaram a conclusões muito interessantes: a primeira de que precisavam treinar seus advogados para prestar informações claras e que precisavam antecipar o andamento do processo até como forma de conter a ansiedade dos clientes", disse.

Ainda, segundo o estudo, para obterem sucesso, os escritórios precisam melhorar a gestão em áreas como atendimento, arquivo, secretariado, administrativo, financeiro, departamento pessoal, recursos humanos, tecnologia da informação, entre outros.

Minoria de técnicos trabalha em sua área

Jornal Destak - Rio - 11.05.09 - p. 02

Um levantamento da Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia obtido pelo Destak revela que apenas 38% dos alunos que se formam na Faetec (Fundação de Apoio à Escola Técnica do Rio) utilizam no mercado de trabalho o conhecimento adquirido em seus cursos. Segundo o secretário Alexandre Cardoso, a maioria dos jovens que concluem suas aulas na instituição estadual está preparada para passar nos vestibulares. Por isso, eles deixam o diploma de lado e migram para o ensino superior em faculdades conceituadas. O presidente da Faetec, Celso Pansera, acredita que os jovens seguem outro caminho em busca de mais dinheiro. "Existe a ilusão de que o curso superior garante uma melhor remuneração. O ensino técnico pode ser uma boa porta de carreira. Muitos alunos saem daqui muito bem conceituados e já são aproveitados no mercado, principalmente nas áreas de eletrotécnica e naval", destaca. Hoje, a Faetec possui mais de 32 mil estudantes matriculados. Mercado carente de vagas Enquanto a maioria dos técnicos segue outro caminho, sobram vagas no Estado. Segundo o chefe de gabinete da Secretaria de Ciência e Tecnologia e coordenador do estudo, Roberto Boclin, as áreas que mais precisam de profissionais desse tipo são saúde, mecânica, informática, eletrotécnica, segurança do trabalho, telecomunicações, eletrônica e informática. Ainda de acordo com Boclin, o Rio tem uma demanda anual de 1,5 mil técnicos. Na área do petróleo, especialistas também projetam um futuro promissor. Coordenadora do Cefet-Química, Sônia de Almeida acredita que, até 2015, só a Petrobras precisará de mais 20 mil técnicos especializados. A ideia da estatal é investir até lá mais de US$ 174 bilhões em refinarias. Para encaminhar a mão de obra qualificada produzida em suas unidades para o mercado de trabalho, a Faetec conta com uma central de estágios. No ano passado, mais de 6 mil jovens conseguiram vaga em empresas conveniadas. Segundo Roberto Boclin, as causas que levam os técnicos a não continuarem nas áreas escolhidas ainda estão sendo apuradas pelo estudo da secretaria. A pesquisa foi realizada com 8 mil estudantes que concluíram o curso entre 2004 e 2007 em 17 unidades da instituição.

Registre as histórias, fatos relevantes, curiosidade sobre Paulo Amaral: rasj@rio.com.br. Aproveite para conhecê-lo melhor em http://www2.uol.com.br/bestcars/colunas3/b277b.htm

Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar