segunda-feira, 6 de abril de 2009

Grau de risco do BNDES incluirá capital intelectual das empresas

Valor Econômico - EU & Investimentos - 03.04.09 - D1

BNDES busca o intangível
Por Vera Saavedra Durão, do Rio
03/04/2009


Já está sendo implementada no BNDES a metodologia criada pela instituição para incluir bens intangíveis na análise de risco das empresas. Em meados do ano a área de crédito vai incorporar esses componentes ao processo de definição da nota e do grau de risco das companhias. A classificação permite definir o percentual do "spread de risco" dos tomadores da instituição.

Atualmente, a área de crédito do BNDES classifica o risco das empresas por notas que vão de AA a H, levando em conta principalmente a capacidade de endividamento de cada uma delas. O "spread de risco" vai de 0,46% a 3,57% e é somado ao "spread" básico - diferença entre o custo de captação do banco e a taxa cobrada do tomador.





Dados do balanço do BNDES de 2008 revelam que 98,2% da carteira de crédito consolidada do banco está classificada dentro das categorias que vão de AA a C. O percentual supera os 92,3% do sistema financeiro em geral e os 91,7% dos bancos públicos.

A nova prática de avaliação de empresas será aplicada também à área de mercado de capitais do banco, como adiantou seu diretor Eduardo Rathfingerl. Ele é especialista no tema e defendeu tese de mestrado sobre o assunto. Eduardo afirma que os intangíveis "não são apenas uma ferramenta de classificação de risco, mas uma ferramenta poderosa de análise para capturar o valor das companhias nas quais o banco estuda aportar capital".

O BNDES, segundo Rathfingerl, "precisa de pessoal que consiga observar numa empresa o que o banco vai apoiar, quem vai apoiar e se a companhia vai estar viva daqui a oito anos " - o prazo médio de participação do banco no capital de uma empresa industrial.

Há dois anos a instituição de fomento se prepara para mudar seu método de avaliar empresas e operar com os intangíveis. O BNDES será a primeira instituição financeira de desenvolvimento a implementar esse processo de avaliação que tenta transformar em números o chamado capital intelectual. Todo o corpo gerencial do banco está envolvido nessa tarefa e a previsão é que até novembro o trabalho esteja totalmente concluído.

Bens intangíveis são práticas empresariais como capacidade estratégica, governança, processos internos, design, capacidade de interagir com redes comerciais e com redes tecnológicas, concorrência, tipos de contrato, capital humano e valor da marca. Eduardo Tomiya, consultor de estratégia da BrandAnalytics, informou que uma pesquisa da Standard & Poor's sobre as 500 maiores empresas globais revela que quase 70% do valor total dessas gigantes provém de intangíveis.

Para fazer um cálculo rudimentar desses bens sem existência física subtrai-se o valor da empresa em bolsa do seu patrimônio líquido. Os investidores fazem isso diariamente, quando pagam mais do que o valor contábil de uma ação - supondo que há mais valor ali do que o balanço consegue registrar.

A iniciativa do BNDES neste momento de crise é bem recebida pelo governo, pois ajuda o banco a entender e a captar a essência das empresas, avalia um técnico especializado na avaliação de intangíveis. Segundo a fonte, o BNDES está investigando o que levou algumas grandes companhias brasileiras consideradas imbatíveis a sucumbir rapidamente ao tsunami de crédito que se abateu sobre o mercado financeiro a partir da queda do Lehman Brothers, em setembro do ano passado.

Cariocas e atividade física

Jornal Destak Rio - 06.04.09 - p. 4


Segunda-feira - 6 de abril de 2009

Cariocas que praticam atividades físicas em quantidade suficiente*: 15,9% Cariocas que são sedentários: 26,2%
Cariocas que praticam atividades físicas em quantidade insuficiente: 57,9%

SAÚDE E MOVIMENTO * Segundo a OMS, 30 minutos de atividades moderadas em cinco dias na semana ou 20 minutos de atividades vigorosas em três dias na semana FONTE: MINISTÉRIO DA SAÚDE

DIA MUNDIAL DA ATIVIDADE FÍSICA Segundo dados do Ministério da Saúde, 84,1% dos adultos que moram no Rio não praticam atividades físicas de forma adequada. Em 2007, o total dos cariocas fora de forma chegava a 82,8%. Os resultados da cidade caminharam na direção inversa da tendência nacional. Em todo o Brasil, o número de pessoas que se exercitam de forma adequada cresceu quase 10% em relação à pesquisa anterior, de 2007. A informação foi divulgada ontem pelo ministro José Gomes Temporão, que participou de um evento na Quinta da Boa Vista para comemorar antecipadamente o Dia Mundial da Atividade Física, que é hoje. De acordo com a pesquisa, realizada entre abril e dezembro do ano passado, apenas 15,9% dos cariocas praticam a quantidade de exercício considerada suficiente pela OMS (Organização Mundial da Saúde), que consiste em 30 minutos de atividades moderadas cinco dias na semana ou em 20 minutos de atividades intensas três dias na semana. O índice do Rio está um pouco abaixo da média nacional, que é de 16,4%. Já o total de cariocas totalmente sedentários é de 26,2%, também parecido com o percentual do país, que é de 26,3%. "É preciso mudar o padrão alimentar e de atividade física da população. Transformar esses dois hábitos básicos em estilo de vida poderia evitar cerca de 260 mil mortes por ano", disse o ministro, que também lançou ontem o Plano Nacional de Atividade Física.

Registre as histórias, fatos relevantes, curiosidade sobre Paulo Amaral: rasj@rio.com.br. Aproveite para conhecê-lo melhor em http://www2.uol.com.br/bestcars/colunas3/b277b.htm

Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar