quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Fusões e Aquisições

Divulgo a seguir o ótimo artigo do amigo Laércio Pellegrino Filho que aborda, sob uma perspectiva muito atual, o movimento das fusões e equisições no país

Jornal do Commercio – Direito & Justiça – 12.08.08 – B-6

A Recente evolução e as novas tendências das fusões e aquisições no Brasil
Laercio Pellegrino Filho
Do escritório Campos Mello, Pontes, Vinci & Schiller Advogados

As fusões e aquisições desempenham papel fundamental no crescimento das empresas, porque nem sempre é possível que cresçam organicamente. A partir de meados dos anos 90, mais precisamente com as privatizações, que foram um grande processo de aquisição de controle de empresas estatais, surgiram vários novos aspectos das fusões e aquisições, como a maior incidência do controle compartilhado, ou seja, um grupo de acionistas controladores ao invés de apenas um. O período pós-privatização foi marcado por um período de consolidação. Fusões e aquisições dentro de um mesmo grupo econômico são muito mais fáceis, na medida em que o acionista controlador comum dirige o processo e os padrões de comportamento são os mesmos. A preocupação maior nos processos de reorganização societária dentro do mesmo grupo econômico é não se causar qualquer prejuízo aos acionistas minoritários. Para tanto, a fixação da relação de substituição, ou seja, de quantas ações os acionistas minoritários da incorporada receberão em troca das ações a serem emitidas pela incorporadora, é de crucial importância. O momento atual promete mais mudanças para a área de fusões e aquisições. O sistema societário brasileiro foi calcado na existência de um ou mais acionistas controladores identificados. Contudo, com a pulverização do capital, ou seja, com o advento de empresas com a maior parte do capital votante no mercado, passa a existir uma verdadeira separação entre propriedade e gestão, porquanto tais empresas passam a ter controle gerencial, ou seja, os diretores e conselheiros passam a ter autonomia funcional em relação aos detentores do capital das companhias abertas. Assim, os conflitos jurídicos deixam de ser apenas entre acionistas controladores e minoritários e passam a ser também entre, de um lado, os acionistas e, de outro, os administradores. Da mesma forma, passa a existir um "mercado de controle", ou seja, passa a ser possível adquirir o controle de uma companhia aberta, mesmo que seus atuais acionistas controladores e administradores não o desejem. Trata-se das "ofertas públicas de aquisição hostis". Essas ofertas públicas de aquisição no mercado tornam-se um instrumento adicional de proteção dos acionistas minoritários, na medida em que uma empresa provavelmente se tornará alvo de uma oferta pública de aquisição hostil se ela não estiver sendo gerida eficientemente. Um novo controlador utilizará os ativos da empresa adquirida de forma mais eficiente, o que beneficiará todos os acionistas da empresa adquirida.Outro aspecto importante é que, com os mercados em alta, há uma propensão maior às operações de fusões e aquisições, porque, normalmente, as empresas adquirentes tendem a utilizar ações de sua emissão (que estão valorizadas) como meio de pagamento pelas empresas adquiridas. Por isso é que mercados em baixa costumam causar a diminuição do número de operações de fusões e aquisições. Além das ofertas públicas de aquisição hostis, uma nova tendência serão as operações de incorporação ou reorganizações entre sociedades de grupos econômicos distintos. Tal circunstância tornará o processo de fusões e reorganizações mais complexo, pois haverá uma verdadeira negociação entre as empresas ou grupos envolvidos na reorganização societária. Nessas operações, a relação de substituição continuará a ser a "pedra de toque" e as preocupações não se cingem apenas à proteção ou preservação dos acionistas minoritários, mas também dos grupos controladores distintos das sociedades envolvidas na reorganização societária. O § 3° do art. 226 da Lei das S/A, introduzido pela Lei 11.638/07, já espelha esta nova realidade. Todas essas tendências tornarão a área de fusões e aquisições ainda mais emocionante

Governança corporativa de dados

Jornal do Commercio - Tecnologia - 11.08.08 -

Informações bem gerenciadas

DA REDAÇÃO
Estudo realizado pelo Conselho de Governança de Dados da IBM identificou importantes desafios na área de gerenciamento de informações, que poderão redefinir o comportamento das empresas e a capacidade do mercado de confiar em dados durante os próximos quatro anos. Os dados se tornaram a nova moeda na atual economia, mas muitas empresas tomam decisões erradas por não usar as informações corretas. "Não existe uma abordagem única. Cada empresa precisa configurar seu próprio programa de governança de dados (informações de clientes, detalhes financeiros, registros de funcionários etc) com base em suas necessidades individuais", explica Luiz Felipe Ferlauto, executivo de Desenvolvimento de Negócios de Serviços da IBM Brasil. Além disso, existem diferentes níveis de maturidade de governança de dados e diferentes formas de atingi-la.Em poucos anos, a governança de dados se tornará uma referência-chave à medida que conselhos diretórios reconheçam a necessidade de proteger as informações e os mercados avaliem o desempenho corporativo por meio da observação do risco e do valor dos dados no balanço. Os investidores e consumidores também serão beneficiados, pois a prática desta governança produzirá maior confiança, transparência e redução de risco.De acordo com a Pesquisa de Mercado de Metadados de 2008, conduzida pela IBM e a Gavilan Research Associates junto a clientes de diferentes indústrias, a análise de riscos e a governança de dados são importantes impulsionadores para melhorar o monitoramento de informações por meio do uso de metadados, normalmente definidos como "dados sobre os dados". "Os metadados estabelecem conexões com informações de negócio, tornando possível indexar e gerenciar dados corporativos valiosos", comenta Ferlauto.A pesquisa, realizada junto a mais de 300 profissionais de gestão de dados de empresas líderes globais, constatou que os entrevistados estão preocupados em organizar, reutilizar e compartilhar o conhecimento corporativo para oferecer melhores informações, de modo a impulsionar suas empresas para permanecerem competitivas. operações. Os entrevistados disseram ainda que a falha no gerenciamento de seus metadados resultará em custos maiores para administrar suas operações de negócios, além da exposição adicional a riscos. Sessenta e sete por cento dos participantes disseram que a governança de dados está entre os três principais problemas relacionados a metadados que estão enfrentando. Mesmo assim, 45% ainda não têm um conselho de governança de dados ou projetos de governança em andamento. Em um ambiente de negócios, os metadados podem adicionar contexto às informações, permitindo que sejam melhor compreendidas, usadas e monitoradas em toda a organização. Planilhas, documentos de edição de texto, bancos de dados e aplicativos de software podem ser aprimorados pela associação de metadados críticos, processando regras para movimentar dados e monitorando como as informações se movimentam pela empresa. O Conselho de Governança de Dados da IBM é um grupo de 50 empresas globais, incluindo Abbott Labs, American Express, Bank of America, Bank of Montreal, Bank of Tokyo, Bell Canada, Citibank, Deutsche Bank, Discover Financial, Kasikornbank, MasterCard, Nordea Bank, Wachovia, Washington Mutual, Banco Mundial, entre outras, pioneiras em melhores práticas relativas à avaliação de risco e governança de dados, ajudando o mundo dos negócios a adotar uma abordagem mais disciplinada na forma de lidar com dados corporativos.tendências
Em alguns países, a governança de dados se tornará um requisito regulatório e as empresas terão que demonstrar suas práticas de governança aos órgãos fiscais como parte de auditorias regulares. Isso afetará primeiro as indústrias de serviços financeiros e bancários, e depois se tornará uma tendência global. O valor dos dados será tratado como um ativo no balanço e relatado pelo CFO, ao mesmo tempo em que a qualidade dessas informações se tornará uma métrica de relatório técnico e um indicador-chave de desempenho da área de TI. Novas práticas de contabilidade surgirão para medir o valor dos dados, de modo a ajudar as empresas a demonstrar como a qualidade das informações alavanca o desempenho das companhias. Calcular o risco se tornará uma função da área de tecnologia da informação. Hoje, na maioria das organizações, esse cálculo é feito por diferentes pessoas, usando processos complicados. No futuro, o cálculo será automático, permitindo às empresas examinar sua exposição no passado, prever o risco que enfrentarão no futuro e alocar capital para cobri-lo. O papel do CIO mudará. Ele também será responsável por relatar riscos e qualidade de dados ao Conselho Diretor; e terá autoridade para gerenciar o uso da informação e preparar relatórios sobre a qualidade dos dados fornecidos aos acionistas. Os indivíduos deverão assumir maior responsabilidade no sentido de reconhecer problemas e participar do processo de governança, viabilizando a transparência operacional e a identificação de riscos.

Governança corporativa de dados

Jornal do Commercio - Tecnologia - 11.08.08 - B-8
Informações bem gerenciadas
DA REDAÇÃO
Estudo realizado pelo Conselho de Governança de Dados da IBM identificou importantes desafios na área de gerenciamento de informações, que poderão redefinir o comportamento das empresas e a capacidade do mercado de confiar em dados durante os próximos quatro anos. Os dados se tornaram a nova moeda na atual economia, mas muitas empresas tomam decisões erradas por não usar as informações corretas. "Não existe uma abordagem única. Cada empresa precisa configurar seu próprio programa de governança de dados (informações de clientes, detalhes financeiros, registros de funcionários etc) com base em suas necessidades individuais", explica Luiz Felipe Ferlauto, executivo de Desenvolvimento de Negócios de Serviços da IBM Brasil. Além disso, existem diferentes níveis de maturidade de governança de dados e diferentes formas de atingi-la.Em poucos anos, a governança de dados se tornará uma referência-chave à medida que conselhos diretórios reconheçam a necessidade de proteger as informações e os mercados avaliem o desempenho corporativo por meio da observação do risco e do valor dos dados no balanço. Os investidores e consumidores também serão beneficiados, pois a prática desta governança produzirá maior confiança, transparência e redução de risco.De acordo com a Pesquisa de Mercado de Metadados de 2008, conduzida pela IBM e a Gavilan Research Associates junto a clientes de diferentes indústrias, a análise de riscos e a governança de dados são importantes impulsionadores para melhorar o monitoramento de informações por meio do uso de metadados, normalmente definidos como "dados sobre os dados". "Os metadados estabelecem conexões com informações de negócio, tornando possível indexar e gerenciar dados corporativos valiosos", comenta Ferlauto.A pesquisa, realizada junto a mais de 300 profissionais de gestão de dados de empresas líderes globais, constatou que os entrevistados estão preocupados em organizar, reutilizar e compartilhar o conhecimento corporativo para oferecer melhores informações, de modo a impulsionar suas empresas para permanecerem competitivas. operações. Os entrevistados disseram ainda que a falha no gerenciamento de seus metadados resultará em custos maiores para administrar suas operações de negócios, além da exposição adicional a riscos. Sessenta e sete por cento dos participantes disseram que a governança de dados está entre os três principais problemas relacionados a metadados que estão enfrentando. Mesmo assim, 45% ainda não têm um conselho de governança de dados ou projetos de governança em andamento. Em um ambiente de negócios, os metadados podem adicionar contexto às informações, permitindo que sejam melhor compreendidas, usadas e monitoradas em toda a organização. Planilhas, documentos de edição de texto, bancos de dados e aplicativos de software podem ser aprimorados pela associação de metadados críticos, processando regras para movimentar dados e monitorando como as informações se movimentam pela empresa. O Conselho de Governança de Dados da IBM é um grupo de 50 empresas globais, incluindo Abbott Labs, American Express, Bank of America, Bank of Montreal, Bank of Tokyo, Bell Canada, Citibank, Deutsche Bank, Discover Financial, Kasikornbank, MasterCard, Nordea Bank, Wachovia, Washington Mutual, Banco Mundial, entre outras, pioneiras em melhores práticas relativas à avaliação de risco e governança de dados, ajudando o mundo dos negócios a adotar uma abordagem mais disciplinada na forma de lidar com dados corporativos.tendências
Em alguns países, a governança de dados se tornará um requisito regulatório e as empresas terão que demonstrar suas práticas de governança aos órgãos fiscais como parte de auditorias regulares. Isso afetará primeiro as indústrias de serviços financeiros e bancários, e depois se tornará uma tendência global. O valor dos dados será tratado como um ativo no balanço e relatado pelo CFO, ao mesmo tempo em que a qualidade dessas informações se tornará uma métrica de relatório técnico e um indicador-chave de desempenho da área de TI. Novas práticas de contabilidade surgirão para medir o valor dos dados, de modo a ajudar as empresas a demonstrar como a qualidade das informações alavanca o desempenho das companhias. Calcular o risco se tornará uma função da área de tecnologia da informação. Hoje, na maioria das organizações, esse cálculo é feito por diferentes pessoas, usando processos complicados. No futuro, o cálculo será automático, permitindo às empresas examinar sua exposição no passado, prever o risco que enfrentarão no futuro e alocar capital para cobri-lo. O papel do CIO mudará. Ele também será responsável por relatar riscos e qualidade de dados ao Conselho Diretor; e terá autoridade para gerenciar o uso da informação e preparar relatórios sobre a qualidade dos dados fornecidos aos acionistas. Os indivíduos deverão assumir maior responsabilidade no sentido de reconhecer problemas e participar do processo de governança, viabilizando a transparência operacional e a identificação de riscos.

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Eis o veículo (Motorella) que tenho utilizado para andar na ciclovia da Lagoa e ir ao trabalho sem suar